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terça-feira, 24 de julho de 2012




Prejuízos em lavouras causados pelos javalis serão debatidos em audiência na Capital

Serão debatidos em audiência pública hoje (23) os prejuízos nas lavouras do Estado causados pelos javalis, além do crescimento desordenado da população do animal, considerado uma espécie invasora e nociva às florestas nativas, aos seres humanos e ao meio ambiente.
A audiência acontece às 14h, na Assembleia Legislativa da Capital, e é um desdobramento das discussões realizadas pela Federação da Agricultura e Pecuária (Famasul) no último dia 10, no município de Rio Brilhante, região mais atingida pelos ataques.
Participam do encontro a Secretaria de Produção (Seprotur), Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), sindicatos e produtores rurais.
A expectativa é que da audiência saiam soluções para amenizar o problema causado pelo javali, tendo em vista que seu abate é proibido pelos órgãos ambientais.
Prejuízo
De acordo com a Famasul, somente nesta colheita em Rio Brilhante, foram registradas perdas de R$ 1 milhão. O prejuízo maior é nas plantações de milho safrinha.
Além da procriação rápida, sabe-se que os javalis cruzam com outras espécies de porcos, aumentando significativamente a população de animais selvagens.
Matança proibida
No dia 18 de agosto, o Ibama proibiu a matança de javalis, antes autorizada para controle populacional da espécie. A normativa considera, no entanto, que em caso de emergência ou de forma circunstancial, possa haver autorização para a caça destes animais para preservar as colheitas.
Um grupo de trabalho definiu propostas alternativas que permitam melhorar a eficácia do controle e minimizar o impacto destes animais, considerados exóticos.
Com a nova norma, está revogada uma lei que autorizava o controle da população de javalis, que eram capturados ou abatidos sem que as autoridades tivessem qualquer registro.
O mamífero, o mais conhecido das espécies de porcos selvagens, foi trazido da Europa nos anos 90 para a criação em cativeiro na Argentina e Uruguai, escapou ao controle e causa danos às plantações. Após ingressar pelo Rio Grande do Sul, avançou progressivamente pelo Brasil.

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